O olho tem uma camada de superfície chamada conjuntiva a qual o isola do meio exterior e protege contra infecções. Quando esta camada fica exposta à irritação frequente, torna-se mais espessa e forma o pterígio (chamado popularmente de carne no olho). O pterígio é como um calo da superfície ocular, que não tem, a princípio, nada de errado.
Não se conhecem bem as causas que provocam esta condição e por que algumas pessoas a desenvolvem e outras não. Tem sido argumentado que o pterígio surge por exposição ao sol, fatores hereditários e raciais. Quando irritado, o pterígio cresce em tamanho e volume e aumenta a irritação ainda mais. Por isso, estimula a si mesmo, faz com que ele cresça.
O pterígio tem o aspecto de uma carne que aparece na superfície dos olhos. Os olhos ficam irritados, o que afeta a aparência do paciente. Por outro lado, não há registros de nenhuma malignidade da doença e os portadores podem conviver com ela sem problemas caso realizem o tratamento adequado prescrito pelo médico.
Há um momento em que o pterígio para de crescer e tende a manter-se estável. Em casos raros, o pterígio avança até afetar a visão.
Colírios descongestionantes são importantes para evitar a irritação, tornar seu aspecto menos desagradável e evitar que o pterígio cresça mais. Mas os colírios não eliminam o pterígio. Além disso, a cortisona pode ser usada como anti-inflamatório para descongestionar o pterígio. No entanto, o uso prolongado é perigoso. A cortisona só deve ser utilizada quando prescrita por um médico e pelo tempo indicado.
A cirurgia só é indicada em casos onde o pterígio obstrui a área da pupila. O restante, se operado, é por razões estéticas. Há tendência de que as carnes operadas voltem a aparecer. Estima-se que um em cinco casos podem voltar nos primeiros meses. Há uma série de técnicas, como medicamentos, radiação e autoenxertos, destinadas a evitar a volta do problema. O procedimento é uma cirurgia ambulatorial e exige repouso.
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