Sinal de alarme do organismo, a dor permite detectar perigos e dá capacidade de iniciar os cuidados rapidamente. No entanto, algumas pessoas sofrem de insensibilidade congênita à dor, doença rara que, como o nome diz, se caracteriza pela ausência de dor desde o nascimento.
A insensibilidade à dor é uma doença genética provocada pela mutação de um gene que bloqueia a transmissão dos sinais de dor entre os neurônios. Em certos casos, a doença pode ser causada por uma produção elevada de endorfina, substância que anestesia o corpo. Atualmente, estudos científicos sobre o problema têm auxiliado na formulação de tratamentos contra as dores crônicas.
O único sintoma da doença é a ausência de qualquer sensação de dor física. A insensibilidade não atua em outros sentidos nem ocasiona outras formas de perda sensorial. É possível identificar a doença em bebês que não reagem a estímulos dolorosos ou não chora após algum traumatismo.
A ausência de dor pode trazer consequências graves para a saúde ao impedir a detecção de qualquer perigo. Sem diagnóstico precoce, a doença coloca em risco a vida do portador da insensibilidade pois até mesmo um pequeno ferimento pode se agravar com a falta de tratamento.
Entre as complicações da insensibilidade à dor estão mutilações como mordidas na boca ao mastigar, queimaduras, cortes, fraturas e infecções. Em geral, portadores da doença têm expectativa de vida reduzida, não ultrapassando os 30 anos.
Não existe atualmente nenhum tratamento específico para tratar da insensibilidade à dor. O tratamento, portanto, é feito através da prevenção de ferimentos e machucados, em particular entre crianças pequenas. É aconselhável que o portador redobre o cuidado contra lesões e adapte sua casa e local de trabalho para evitá-las. Também é importante realizar visitas médicas regulares para investigar aparição de traumatismos e problemas internos.
Foto: © pathdoc - Shutterstock.com