Casais lésbicos: como fazer sexo seguro

Um contato sexual de qualquer natureza pode transmitir uma ou mais infecções como pediculose pubiana (mais conhecida como piolho chato) e herpes. A tricomoníase, hepatite A e B e HIV podem potencialmente ser transmitidas por fluidos corporais. Essas doenças são mais comumente transmitidas durante uma relação sexual lésbica pelo toque, uso e partilha de um vibrador e durante o sexo oral.

HPV ou Papilomavírus humano

Este vírus é a principal causa do câncer do colo do útero. Mulheres homossexuais podem portar o vírus e transmiti-lo para suas parceiras. O HPV, inicialmente ligado ao surgimento de verrugas nos órgãos genitais, provoca o câncer quando não é tratado de maneira adequada e completa. Atualmente, a vacina contra o vírus é recomendada para meninas de 9 a 13 anos para bloquear a circulação do HPV antes mesmo que a mulher inicie sua vida sexual.

Cuidados para um sexo seguro

Use preservativos femininos para as preliminares e relações sexuais. A utilização de um vibrador deve ser feita com preservativo feminino ou preservativo masculino, dependendo do modelo do aparelho. É fundamental substituir o preservativo quando alternar o uso. O compartilhamento de vibradores e outros brinquedos sexuais é uma das principais vias de transmissão de doenças em relações sexuais entre mulheres e deve-se estar muito atenta ao uso e troca da camisinha. Verifique o tamanho e validade do preservativo que for ser utilizado.

Sexo oral em casais lésbicos

Apesar de apresentar risco inferior a outras modalidades sexuais, o sexo oral pode transmitir doenças. Os conselhos para casais lésbicos são os mesmos dados aos demais. Utilizar preservativo durante a relação e, principalmente, evitar a prática se forem constatadas feridas e outras lesões na boca e/ou na vagina das parceiras.

Acompanhamento ginecológico de lésbicas

Assim como as meninas e mulheres heterossexuais, as homossexuais devem fazer acompanhamento regular com o ginecologista e passar pelos exames de rotina dos órgãos reprodutores. Essas análises incluem o Papanicolau, usado para diagnosticar o HPV, e a mamografia, nas mulheres com mais de 45 anos.

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