O crânio, caixa óssea de grande resistência, contém o cérebro em seu interior e se comunica com o exterior por meio do forame magno, que liga o cérebro à medula espinhal.
Toda pancada ou abalo violento na caixa óssea que envolve o cérebro, causando prejuízos a ele, é denominado traumatismo craniano. Em muitos casos, os impactos fazem com que o cérebro se choque contra as paredes cranianas, como nas acelerações ou desacelerações bruscas.
O traumatismo craniano pode ser de três tipos: traumatismo craniano fechado, fratura com afundamento do crânio e fratura exposta do crânio.
Os principais sinais de um traumatismo craniano são desmaios, dor de cabeça forte, perda da consciência, sangramentos, sonolência, dificuldade de fala, de visão e audição e até coma. Esses sintomas podem demorar até 24 horas para aparecer após a pancada e, por isso, esse período é bastante delicado e deve ser acompanhado por um médico.
Esse tipo de traumatismo craniano acontece quando não há lesão estrutural do encéfalo. Denominado concussão cerebral, esse traumatismo gera contusão, hemorragias ou edemas, com lesão do parênquima cerebral devido à compressão do tecido cerebral adjacente.
Nesse tipo de traumatismo craniano ocorre a laceração dos tecidos cranianos, com lesão da massa encefálica por fragmentos ósseos. É mais provável ter uma complicação infecciosa intracraniana nesse tipo de lesão.
Um especialista pode diagnosticar um traumatismo craniano por meio de radiografia de crânio, tomografia computadorizada e ressonância magnética. A angiografia cerebral também é capaz de medir lesões vasculares no pescoço ou na base do crânio.
Cada caso evolui de uma forma diferente, mas no geral, o traumatismo craniano exige a verificação dos sinais vitais. Pode ser necessário avaliar o estado de consciência do paciente, o tamanho e reatividade das pupilas, a sensibilidade ao calor e a capacidade de movimentos. Medicamentos para reduzir o inchaço cerebral podem ser ministrados caso seja necessário.
O traumatismo craniano pode ser totalmente recuperado ou, em casos extremos, levar à morte. Na maioria dos casos ele lesa o cérebro, deixando sequelas sobre sensibilidade, equilíbrio, memória, movimento, fala, visão e audição. A complicação mais grave de um traumatismo craniano não mortal é o estado vegetativo persistente.
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