Segundo estimativas da Associação Internacional do mal de Alzheimer, o número de portadores da doença neurológica deve dobrar nos próximos 15 anos, passando dos atuais 35,6 milhões para 65,7 milhões de pacientes em 2030.
De acordo com estudo apresentado em julho de 2011 na Conferência Internacional da Associação Alzheimer, em Paris, sete fatores de risco principais contribuem para a metade dos casos da condição em todo o mundo. O estudo, publicado na revista 'The Lancet Neurology', revelou também que milhões de pessoas portadoras da doença podem evitar o problema se conseguirem se livrar dos fatores de risco listados.
O levantamento internacional determinou os sete fatores de risco principais para o mal de Alzheimer. Presente em 19% dos casos, o mais representativo é o baixo nível de escolaridade do paciente.
Também representado em mais de 10% dos casos, estão o tabagismo, que aparece em 14% das ocorrências, o sedentarismo (13%) e a depressão (11%). Além deles, a hipertensão arterial (5%), a obesidade (2%) e a diabetes (2%) completam a lista de fatores de risco.
Principal fator de risco, o nível de escolaridade pode ser determinante para o surgimento dos sintomas do mal de Alzheimer. Pessoas com curso superior, por exemplo, têm menor risco de desenvolver quadros de demência. Além disso, os primeiros sintomas aparecem mais tarde nesse grupo em relação aos que possuem escolaridade mais baixa.
Uma diminuição de 10% dos sete fatores de risco pode prevenir a doença em até 1 milhão de pessoas ao redor do mundo, apontam os especialistas. Se a queda for de 25%, a prevenção pode alcançar 3 milhões de indivíduos.
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