A embolia pulmonar é uma condição causada pela obstrução de uma artéria pulmonar por um coágulo de sangue. Em nove de cada dez casos, o coágulo se fixa na parede de uma veia profunda no abdômen, na pélvis ou extremidades inferiores e, quando migra através do sangue, se detém em uma artéria pulmonar. A embolia pulmonar é a causa de muitas mortes em todo o mundo.
A embolia pulmonar pode se dever a transtornos da coagulação sanguínea ocasionados, por exemplo, por uma longa viagem de avião ou carro onde se fica muitas horas sentado sem movimentar as pernas, cirurgias ortopédicas que exigem imobilização prolongada, gravidez, aumento na concentração de glóbulos vermelhos, câncer e insuficiência cardíaca ou respiratória.
Alguns quadros clínicos são fatores de risco para embolia pulmonar, tais como diabetes, hipertensão arterial, tabagismo, colesterol alto e sobrepeso.
As insuficiências circulatória e respiratória são possíveis sintomas de uma embolia pulmonar. De acordo com o grau de intensidade do problema, o paciente pode sofrer de taquicardia, febre leve, dor no peito como uma pontada, dificuldade respiratória acompanhada ou não de expectoração de sangue, quadros de ansiedade e parada cardíaca.
Em alguns casos, os sinais de trombose venosa nas pernas estão associados e reforçam a suspeita e a confirmação do diagnóstico. A perna fica inchada e mais quente que a outra, especialmente na região da panturrilha.
O diagnóstico de embolia pulmonar é feito com base no relato do paciente e no exame clínico, que deve identificar a presença de pulso rápido, ausência de problemas ao auscultar os pulmões e sinais de trombose venosa profunda. Para confirmar o diagnóstico, o médico pode pedir a realização de uma radiografia de tórax e eletrocardiograma. Um exame de sangue também pode ser prescrito, bem como uma ecografia dos membros inferiores para diagnosticar trombose.
A internação do paciente é necessária para tratar uma embolia pulmonar. Isso permitirá avaliação e tratamento corretos para evitar complicações. Para impedir a formação de novos coágulos e que os já formados aumentem de tamanho, são administrados anticoagulantes. Em casos mais severos, há possibilidade de se fazer uma cirurgia. Finalizado o tratamento, o paciente pode precisar fazer uso de anticoagulantes por muitos anos ou mesmo pelo resto da vida.
A embolia pulmonar tem cura, mas em alguns casos o paciente pode precisar realizar controle pelo resto da vida com uso de anticoagulantes.
Em muitos casos, o tratamento da embolia pulmonar é capaz de curar o paciente completamente e não deixar sequelas. Porém, em algumas situações, o paciente pode sofrer com a redução da quantidade de oxigênio em um determinado ponto do pulmão e, por conta disso, o tecido daquela região podem morrer, provocando necrose.
Para prevenir a ocorrência de uma embolia pulmonar é aconselhável caminhar e movimentar as pernas regularmente em caso de imobilização prolongada, uso de meias de compressão que favorecem a irrigação sanguínea das extremidades inferiores. Caso haja fator de risco para embolia, deve-se utilizar anticoagulantes de modo profilático.
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