Gravidez e cistos no ovário

Algumas mulheres sofrem com a presença de cistos no ovário e imaginam que essa condição as impeça de engravidar, o que nem sempre é verdade.

Cistos no ovário pode engravidar

A presença de cistos nos ovários não significa, na totalidade dos casos, que a mulher não possa engravidar. Isso vai depender do tamanho, tipo e número de cistos presentes. Além disso, há cistos crônicos e outros transitórios, que desaparecem com o tempo. A mulher também deverá levar em conta se os cistos produzem ou não hormônios que alteram o ciclo menstrual. Por fim, não se pode confundir a presença de um cisto com a síndrome dos ovários policísticos.

Cisto nos ovários e pílula

Em caso de cisto nos ovários, a menstruação da mulher tende a ser muito irregular. Por isso, é necessário aguardar a estabilização do ciclo menstrual antes de interromper o uso de pílula ou outro procedimento anticoncepcional para buscar uma gravidez. Mulheres com cistos no ovário devem consultar um ginecologista para definir o método contraceptivo mais adequado.

Cistos uterinos e gravidez

Os cistos no útero são bastante comuns e, em geral, não têm maior importância. Em muitos casos não é necessário sequer recorrer a um tratamento para engravidar. Os cistos no útero são reconhecidos através de ultrassom que detecta também a presença de líquido no cisto ou ocorrência de fibromas ou miomas. Tanto os cistos quanto os miomas decorrem de mau funcionamento por sobrecarga do fígado. Outras causas possíveis são excesso de estrogênio combinado a um baixo nível de progesterona.

Sintomas do cisto uterino

Em geral, os cistos uterinos são assintomáticos e provocam, no máximo, dores agudas na cavidade pélvica e pressão ao ovular. Para aliviá-los, o mais recomendado é o uso de anti-inflamatórios não esteroides e tratamentos hormonais contraceptivos. Porém, nenhum destes tratamentos reduz o tamanho dos miomas. Os fármacos que apresentam melhor eficácia para redução dos miomas são os agonistas androgênicos e a mifepristona. O primeiro, no entanto, possui graves efeitos colaterais.

Tratamento do cisto uterino

Com relação ao tratamento dos cistos uterinos ele vai depender da idade da paciente e do tamanho do cisto. Caso o cisto seja grande ele deve ser retirado seja benigno ou maligno. Em outras ocasiões menos graves, a cirurgia também é o método escolhido para o tratamento pois o avanço tecnológico garante que a extirpação dos miomas seja feita de modo pouco invasivo. Um aparelho é introduzido pelo canal vaginal da paciente e, ao localizar o cisto, congela a região com nitrogênio líquido e inibe o fluxo sanguíneo no local, forçando sua redução de tamanho.

Cistos no útero na gravidez

A formação e crescimento dos miomas está associado à produção de estrogênio. Por conta disso, é possível que a gestação - e a liberação em altas concentrações do hormônio - faça o mioma aumentar de tamanho. Assim, é necessário controlar seu tamanho nesta fase pois miomas muito grandes podem comprometer o desenvolvimento do feto e aumentar os riscos de desprendimento da placenta e parto prematuro.

Já no momento do nascimento, a localização do mioma pode ser um complicador. Se ele estiver situado na zona mais baixa do útero, pode crescer na frente do feto e impedir sua saída pelo canal vaginal. Nesse caso, será necessária a realização de cesariana para retirada do bebê.

Foto: © Tefi - Shutterstock.com

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