O transtorno obsessivo compulsivo, conhecido pela sigla TOC, é uma condição que pode ser popularmente classificada como o desenvolvimento de manias. O TOC se expressa de diferentes maneiras em cada paciente e pode se manifestar tanto em crianças quanto em adultos. O tratamento do transtorno visa fundamentalmente a melhoria na qualidade de vida do paciente.
Há inúmeros sintomas do TOC e eles estão relacionados na verdade com a maneira pela qual a condição se expressa em cada paciente. Alguns desenvolvem compulsões por limpeza e outros por olhar as horas, por exemplo. Também há aqueles que checam portas e janelas e casos de pacientes com pensamentos obsessivos, como medo de morrer ou de ser contaminado. Em geral, uma das manias predomina e é a que afeta o paciente e provoca a doença.
Nesse sentido, os sintomas graves do TOC são o agravamento do quadro da condição. A situação é considerada grave quando o paciente com TOC tem sua rotina e qualidade de vida fortemente afetadas pela doença. Há pessoas que sofrem de TOC que não conseguem se afastar muito de casa, pois sempre buscam retornar para checar se fecharam a porta ou desligarão o fogão. Nestes casos, o paciente tem sua vida pessoal e profissional afetada pelo TOC.
O TOC, em geral, surge na adolescência e, sem tratamento, acompanha o indivíduo até a vida adulta. Em alguns casos mais raros, ele começa a se desenvolver já na infância. Nestas ocasiões, O TOC costuma ser associado a tiques nervosos e hiperatividade. O TOC infantil é mais comum em meninos e a condição é mais grave do que quando surge durante a adolescência.
O tratamento é feito com medicamentos antidepressivos e/ou terapia cognitivo-comportamental. Os remédios são eficazes em cerca de 50% dos pacientes, mas eles não conseguem eliminar completamente os sintomas, além de possuírem efeitos colaterais às vezes importantes. Eles são mais recomendados para pacientes que tenham, junto ao TOC, depressão, ansiedade e outras condições.
Por sua vez, a terapia cognitivo-comportamental melhora a qualidade de vida de 70% dos pacientes e é, até hoje, o único método capaz de eliminar totalmente os sintomas, algo que ocorre em cerca de 30% dos casos. Sua eficácia se dá normalmente em pacientes cujo TOC é marcado por rituais e que não apresentam depressão associada. Na maioria dos casos, os dois tratamentos são associados.
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