A dengue hemorrágica é decorrente de alterações na coagulação sanguínea de uma pessoa infectada com a doença e, se não for tratada rapidamente, pode levar a óbito. Geralmente, a dengue hemorrágica afeta pessoas que já tiveram outro tipo de dengue pelo menos uma vez.
Os sintomas iniciais podem se confundir com os da dengue comum, porém, após três ou quatro dias, surgem hemorragias decorrentes do rompimento de pequenos vasos da pele. Dores abdominais fortes, febre alta, vômitos, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, pele fria e pálida, tonturas, manchas e erupções na pele, dificuldade respiratória e até perda de consciência são os sintomas mais comuns da dengue hemorrágica.
Na dengue hemorrágica, cuidados médicos são fundamentais e devem ser combatidos o quanto antes, pois o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, que podem levar a pessoa à morte em até 24 horas.
A ocorrência dos sintomas, principalmente em caso de sangramentos, deve levar o paciente ao hospital. Além do exame clínico, alguns testes, em especial o de contagem de plaquetas, podem ser pedidos para confirmar o diagnóstico da doença e iniciar o tratamento.
Caso o paciente esteja com febre muito alta, é receitado um medicamento antitérmico, porém não há tratamento específico para a dengue hemorrágica exceto a ingestão de muito líquido para evitar a desidratação. Em casos mais graves, o paciente é internado e passa por hidratação intravenosa. É muito importante evitar a automedicação com remédios à base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham substância associada, que podem aumentar o risco de sangramentos.
A dengue hemorrágica pode, muitas vezes, ser confundida com a dengue clássica, pois elas possuem sintomas muito similares, como febre alta com início súbito, dor de cabeça e atrás dos olhos, perda de paladar, tonturas e cansaço extremo, manchas e erupções na pele, moleza e dores nos ossos e articulações.
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