Há diversos exames que precisam ser feitos para acompanhar o andamento da gestação. Confira abaixo quais são eles e para que servem.
Uma coleta de sangue é o primeiro exame da gravidez. Ela permite verificar os seguintes pontos.
A dosagem do hormônio HCG permite confirmar o estágio da gravidez.
Um tipo RH negativo significa que a mãe poderá desenvolver anticorpos contra o bebê se o tipo sanguíneo do feto for RH positivo. A imunização é feita mais frequentemente no momento do nascimento do bebê. Não há risco durante a primeira gestação. O risco existe durante uma gravidez subsequente, um aborto natural ou uma interrupção voluntária da gestação.
A verificação do grupo sanguíneo é feita ao longo do primeiro exame pré-natal. Uma segunda verificação do grupo sanguíneo é feita durante o 8º ou 9º mês de gravidez. A procura de anticorpos irregulares é feita durante o 6º e 8º meses (ou 9º mês) da gestação se a futura mãe for do tipo RH negativo ou se tiver feito transfusão de sangue anteriormente. Um tratamento preventivo na forma de injeção de uma vacina anti-RH nas 72 horas após o parto é feito depois de cada gestação.
Uma ausência de anticorpos contra a toxoplasmose significa que a futura mãe não está imunizada contra a doença. Deve ser feita uma coleta de sangue mensalmente para checar se a grávida não contraiu toxoplasmose. As regras de higiene devem ser seguidas, como lavar as mãos regularmente, enxaguar frutas e legumes. Verifique a proteção contra sífilis e doenças sexualmente transmissíveis que podem contaminar o bebê.
Este teste não obrigatório é fortemente recomendado e aceito por mais de 90% das mulheres grávidas. Uma mulher que não sabe que é portadora do vírus HIV tem 25% de risco de transmitir o vírus ao seu bebê. Se o diagnóstico for confirmado, um tratamento permite evitar os riscos de transmissão e reduzir tais riscos a menos de 1 em cada 100 casos.
Esse teste é recomendado ao longo do 6º mês de gestação. Essa infecção se transmite facilmente ao bebê. Um teste positivo da mãe para o vírus da hepatite B, mesmo sem manifestar sintomas claros da doença, permite vacinar o bebê logo após o nascimento, na sala de parto, e também os demais membros da família.
Os exames sanguíneos da taxa de sedimentação eritrócitos são feitos ao longo do 6º mês de gestação, mas poderão ser feitos mais precocemente se, por exemplo, houver risco de infecção ou anemia.
A presença de anticorpos significa que a futura mãe está imunizada. A rubéola pode provocar malformação do feto. É aconselhável às futuras mães que façam uma dosagem sanguínea assim que decidirem ter um bebê e se vacinarem se o exame não detectar anticorpos.
A ausência de anticorpos indica que o teste é negativo. Um teste negativo durante a gestação, indicado pela ausência de anticorpos, torna necessário prever uma vacinação logo após o parto. Se o exame sanguíneo revelar que a futura mãe contraiu rubéola ao longo da gestação é estabelecido um acompanhamento específico.
Consulte um médico em caso de surgimento de alguma erupção ao longo da gestação se a grávida não for vacinada.
O teste facultativo de diabetes gestacional é indicado às mulheres que apresentarem fatores de risco (excesso de peso, antecedentes familiares de diabetes, mulheres com idade superior a 40 anos, antecedentes de malformação ou morte de feto etc.). O teste permite descartar o diabetes gestacional com 28 semanas de gravidez, em torno do 6º mês de gestação, por meio de um exame de glicemia. As mulheres que desenvolvem diabetes correm o risco de dar à luz um bebê com peso elevado e ter um parto muito difícil.
Esse teste permite avaliar o risco de o bebê ser portador da trissomia do cromossomo 21, que causa Síndrome de Down. Em caso de o teste resultar positivo, pode ser recomendada uma amniocentese para examinar o feto.
As análises de urina permitem detectar a presença de açúcar, que pode evoluir para uma diabetes e deve ser confirmada por um exame de sangue; presença de albumina, que pode ser um sinal de toxemia, doença associada especialmente com uma hipertensão arterial; edemas, que poderão trazer complicações graves; e até a presença de germes que indique uma infecção urinária, que deve ser tratada.
A ecografia é o exame essencial para acompanhar uma gestação, descartar malformações, tirar as medidas do bebê, verificar a posição da placenta e, para muitos pais, saber o sexo da criança. A ecografia representa um momento importante da gestação, uma vez que é por meio desse exame que os futuros pais observam que o bebê está no ventre de sua mãe e que seu coração bate. Mas a ecografia representa também muita angústia para os pais que temem que malformações sejam descobertas durante o exame.
A ecografia é feita com ajuda de uma sonda de ultrassom posicionada sobre o ventre da futura mãe, com aplicação de um gel para facilitar a transmissão do ultrassom. A emissão dos sons se reflete de forma diferente de acordo com a densidade do tecido. Esses sons são então transformados em sinais graças a um programa de informática e retransmitidos para uma tela de computador na forma de imagens.
A futura mãe deve ser informada de que a ecografia não permite descartar todas as anomalias. Uma ecografia obstétrica normal não significa que a criança não apresentará nenhuma anomalia ao nascer em 100% dos casos, assim como tal exame não permite diagnosticar sistematicamente todas as anomalias morfológicas.
É aconselhável não usar creme hidratante no dia que antecede a ecografia. Por outro lado, é preferível deixar a bexiga cheia para que seja possível obter uma imagem de melhor qualidade.
A primeira ecografia é feita após 12 semanas sem menstruar. Ela permite controlar o desenvolvimento do feto com base nas curvas de crescimento (exame dos membros e proporção da cabeça, medida do alto do crânio ao cóccix, entre outras), conhecer a data exata da gestação, identificar a existência de mais de um feto, descartar certas malformações e riscos de anomalias cromossomiais e localizar a placenta. Em alguns casos, um exame com doppler poderá ser indicado: esse exame permite medir o fluxo nos vasos sanguíneos do útero e do cordão umbilical, o tamanho do cordão, da artéria uterina ou da artéria cerebral do feto.
A segunda ecografia, denominada ecografia de morfologia, está prevista entre a 20ª e a 22ª semana. O exame analisa em detalhes a anatomia do feto. Permite procurar eventuais malformações e, muito frequentemente, descobrir o sexo do bebê. A segunda ecografia também especifica a localização da placenta e o crescimento do feto.
A última ecografia é feita entre a 32ª e a 34ª semana de gestação. A terceira ecografia permite descartar anomalias e malformações não identificadas ao longo das ecografias anteriores e os atrasos no crescimento do feto, além de especificar a posição do bebê dentro do útero. É possível fazer uma ecografia a qualquer momento da gestação em caso de suspeita de anomalias.
Se houver suspeita de uma anomalia durante uma ecografia de rotina ou se houver risco importante de anomalia do feto, é necessário fazer outra ecografia, chamada ecografia de diagnóstico. As ecografias realizadas estritamente dentro do quadro médico e a liberação de ultrassons não têm nenhuma implicação para o feto.
A qualidade das ecografias poderá ser, às vezes, irregular. Um médico pouco experiente, que tenha realizado poucas ecografias fetais, poderá não identificar uma malformação. A experiência prática e a qualidade do equipamento são, portanto, indispensáveis para realizar ecografias com boa credibilidade.
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