Diagnóstico e cura da erisipela

A erisipela é uma infecção cutânea superficial. Normalmente, a bactéria causadora é a Streptcoccus pyogenes do grupo A, mas, ocasionalmente, pode ser também a Staphylococcus aureus e outros germes. Atualmente, há uma tendência a considerar a erisipela como uma forma de infecção cutânea ao invés de uma entidade separada. Erisipela e infecção cutânea constituem cerca de 10% dos problemas dermatológicos que necessitam de internação hospitalar.

Quem pode ser afetado pela erisipela

É mais comum em idosos e pacientes que sofrem com feridas na pele (intertrigo, úlceras, frieiras) ou linfedemas. É mais grave e frequente em pacientes com diabetes, pacientes com problemas de circulação nas pernas, alcoólatras ou pessoas com imunodeficiência. Muito raramente, a erisipela também pode afetar crianças.

Onde aparecem as lesões de erisipela

A erisipela pode afetar a face, mas, na maioria das vezes, aparece nas pernas. É uma condição muito dolorosa que requer atenção urgente para que a infecção não se espalhe para outras áreas do corpo, causando complicações mais graves.

Diagnóstico da erisipela

Através dos sintomas o médico pode, na maioria dos casos, fazer o diagnóstico. A área da pele afetada fica avermelhada, inchada e quente. Em alguns casos, há febre e sensação de mal-estar. Para determinar o grau de evolução da infecção e qual a bactéria causadora, é aconselhável realizar um exame de sangue.

Se for realmente erisipela, o médico deve descobrir qual a via de contaminação do agente patogênico (por exemplo, feridas, eczema ou infecção fúngica da pele, como micose) e se há condições primárias ou colaterais (diabetes, linfedema ou problemas circulatórios nas pernas) que tenham favorecido o aparecimento da doença. É de especial importância avaliar se o sistema imunológico está debilitado, o que geralmente é a causa da erisipela recorrente.

Tratamento da erisipela

Uma vez que a erisipela tenha sido diagnosticada, é necessário iniciar um tratamento imediato com analgésicos à base de penicilina e antibióticos que atuam sobre a bactéria Streptcoccus. O paciente deverá permanecer em repouso absoluto até que os sintomas desapareçam. Se o paciente não estiver hospitalizado, ainda assim o acompanhamento médico deve ser diário. A hospitalização deve ser considerada em caso de complicações ou quando nenhuma melhora for detectada após 72 horas de tratamento.

Se houver suspeita de uma infecção mista com outros agentes patogênicos, tais como o Staphylococcus aureus, antibióticos da família cefalosporina são indicados. É muitas vezes necessário tratar a erisipela em um hospital, porque geralmente os antibióticos são administrados por via intravenosa, quando o grau de danos é de moderado a grave.

O tratamento com antibióticos dura, em geral, de 10 a 14 dias e, muitas vezes, é conveniente acrescentar analgésicos e antipiréticos. Após dois ou três dias de administração intravenosa, os pacientes podem tomar medicamentos orais.

Foto: © BasketThought - Shutterstock.com

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