Quando um feto tem peso ou tamanho elevados dá-se o nome a essa condição de macrossomia. Um bom acompanhamento da gravidez fará com que os médicos estejam atentos e possam atuar no parto de maneira adequada. Veja abaixo mais informações sobre o diagnóstico e cuidados necessários no caso de um bebê macrossômico.
Ao longo da gestação, o médico ginecologista prevê uma curva de crescimento média do peso e altura do feto. Quando esses parâmetros são superados, considera-se que há risco de macrossomia. Em geral, fetos com mais de 4,5 kg são considerados como tendo potencial patológico para esta condição. No entanto, nem todos os fetos com peso gestacional alto serão diagnosticados com macrossomia e receberam cuidados especiais.
Em alguns casos, a causa é genética: os bebês são grandes porque seus pais são grandes. O peso ao nascer também está relacionado com os quilos ganhos pela mãe durante a gravidez. O ganho de peso excessivo na gestação pode levar ao aumento de peso fetal. Histórico familiar de diabetes e macrossomia e espessura placentária superior a quatro centímetros também são fatores de risco. O problema é mais comum em grávidas com mais de 30 anos e no caso de fetos do sexo masculino.
A causa mais comum de macrossomia é a diabetes materna, tanto se a mulher já sofria da condição antes da gravidez quanto se o diabetes seja gestacional. Diabetes durante a gravidez faz com que o aumento da glicose no sangue da mãe circule no bebê. Consequentemente, o corpo do bebê produz insulina. Toda a produção de açúcar e insulina extra pode levar ao crescimento excessivo do bebê.
Bebês grandes podem ocasionar partos difíceis. Entre os problemas que podem surgir durante o parto, estão parto normal prolongado, parto difícil, ocorrência de lesões durante o parto ou exigência de uma cesariana.
Como muitos bebês grandes nascem de mães diabéticas, muitos dos seus problemas estão associados com distúrbios na regulação da glicose. Estes incluem hipoglicemia (açúcar baixo no sangue) do bebê após o parto, malformações congênitas, dificuldades respiratórias e hiperbilirrubinemia (icterícia dos olhos, pele e mucosas).
Para a mãe, muitas vezes, a macrossomia pode levar à realização de cesariana ou parto instrumental, tornando a recuperação mais lenta e risco de complicações. Em países sem infraestrutura de saúde adequada, caso não seja possível ir ao hospital em tempo hábil, estes partos podem terminar na morte da mãe e do bebê. Entre as ocorrências possíveis estão desproporção do tamanho do feto em relação à pélvis, partos a fórceps, cesariana, hemorragia pós-parto e traumatismos no canal de parto. Nos países desenvolvidos, os riscos para a mãe são menores, mas não desaparecem completamente.
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