O estresse pós-traumático afeta pessoas vítimas ou testemunhas de eventos catastróficos e trágicos. Saiba como reconhecer os seus sintomas e realizar o tratamento desse problema de fundo emocional.
O estresse pós-traumático decorre de um evento extremo onde a integridade física da pessoa ou de outras esteve fortemente ameaçada. São exemplos dessas situações: acidentes graves, agressões físicas e sexuais, violência familiar, mortes violentas e catástrofes naturais. As pessoas expostas de maneira repetida a situações dramáticas como essas, como policiais, bombeiros e assistentes sociais, estão igualmente sujeitas a episódios de estresse pós-traumático.
O estresse pós-traumático se traduz de maneira mais frequente em sentimentos de medo, terror e impotência. Ele se manifesta através de sintomas de intrusão: a pessoa revive o evento traumático em pesadelos, lembranças repetitivas e por pequenos elementos que fazem lembrar o evento passado. Em outras formas do problema, o indivíduo passa a evitar pessoas e lugares que o façam lembrar do evento passado.
Também podem haver alterações emocionais, como perda de interesse pelos eventos cotidianos, perda de concentração, redução do desejo sexual, distúrbios do sono, irritação, hipervigilância, sentimentos de culpa. Esses sintomas normalmente possuem repercussões sobre a vida social, familiar e profissional do indivíduo e sua intensidade varia de pessoa para pessoa.
A aparição desses sintomas pode ocorrer imediatamente após o evento traumático ou de maneira tardia. Em geral, os sintomas mais fortes se desenvolvem durante os três meses seguintes ao evento traumático. No entanto, eles podem perdurar por anos com intensidade variável ao longo do período.
A forma de tratamento mais indicada para casos de estresse pós-traumático é o acompanhamento psicológico da vítima. Após eventos traumáticos, o ideal é procurar um profissional - psicólogo ou psiquiatra - para a realização de um diagnóstico preciso e definição da linha de tratamento.
Em alguns casos, somente a psicoterapia e a retomada dos contatos sociais do indivíduo conseguem resolver o problema em alguns meses. Porém, em formas mais graves, tratamentos medicamentosos podem ser indicados por um psiquiatra para garantir o controle e a subsequente recuperação do paciente afetado pelo estresse pós-traumático.
O objetivo principal de qualquer linha de tratamento do problema, no entanto, é garantir que o indíviduo não se isole do convívio social e profissional por tempo muito longo.
Condições como o estresse pós-traumático são difíceis de se apontar uma cura, já que o fator que desencadeou o quadro jamais poderá ser revertido. No entanto, os tratamentos atuais garantem que o paciente consiga superar o ocorrido e levar uma vida normal como qualquer outra pessoa que não tenha experimentado situações extremas. Para profissionais cujo trabalho provoque cargas de estresse constantes, um acompanhamento continuado - muitas vezes antes mesmo dos casos ocorrerem - com um psicólogo é fundamental.
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