Depois de entrar na menopausa, a mulher não deve mais sangrar. Caso isso ocorra, é importante procurar um médico especialista para identificar a causa do problema.
A menopausa se define pela ausência de menstruações durante um ano completo. Em média, as mulheres chegam à menopausa a partir dos 50 anos e o intervalo normal para sua ocorrência vai dos 45 aos 55 anos.
A perimenopausa é o período que corresponde aos anos anteriores à entrada na menopausa. Neste período, que pode durar até 10 anos, ocorrem mudanças nos níveis hormonais da mulher capazes alterar a ovulação e os ciclos menstruais, que se tornam mais irregulares e podem até mesmo não ocorrer durante alguns meses.
Qualquer tipo de sangramento vaginal após a menopausa é considerado anormal e exige uma visita ao ginecologista para análise das causas. Durante a perimenopausa, apenas algumas situações de sangramento devem ser levadas ao médico, tais como volume excessivo, duração acima do normal, ciclos de três semanas e sangramentos após relações sexuais ou entre as menstruações.
Durante um ciclo menstrual normal, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona aumentam e diminuem dentro de um padrão regular. A ovulação ocorre na metade do ciclo e a menstruação se dá duas semanas depois. Já a partir da perimenopausa, a variação hormonal é inconstante, o que altera a frequência e intensidade das menstruações.
Alguns fatores podem provocar sangramento em mulheres na menopausa. A determinação das causas só pode ser feita por um especialista.
Os pólipos geralmente são tumores não cancerosos formados por tecido semelhante ao do endométrio, que cobre o interior do útero. Os pólipos aderem à parede uterina e podem causar sangramento irregular ou intenso. Eles também podem se formar no canal do colo do útero e produzir sangramentos após as relações sexuais.
Depois da menopausa, o endométrio pode se tornar mais fino devido à queda nos níveis de estrogênio. Essa condição recebe o nome de atrofia endometrial e pode dar origem a sangramentos anormais.
Por outro lado, a hiperplasia endometrial torna o endométrio mais espesso devido ao aumento exagerado nos níveis de estrogênio. Em alguns casos, as células do revestimento mudam para um estado anormal. Nestes casos, o quadro recebe o nome de hiperplasia atípica e pode provocar câncer de útero.
O câncer de endométrio é o fator mais grave de promoção de sangramentos após a menopausa. Alguns fatores de risco estão associados à ocorrência desse tipo de câncer, tais como idade avançada, início precoce ou tardio da menstruação, não ter ficado grávida, períodos irregulares, histórico de infertilidade, obesidade, tabagismo, uso de medicamentos com doses elevadas de estrogênio a longo prazo e síndrome do ovário policístico. Além disso, mulheres com diabetes, hipertensão arterial, doenças da vesícula biliar ou da tireoide também têm maior risco de câncer de endométrio.
Terapias hormonais substitutivas, bem como infecções no colo do útero e uso de certos medicamentos, também podem ocasionar sangramentos vaginais na menopausa.
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