Muitos pais se assustam quando tocam seus bebês e sentem eles quentes. No entanto, a febre em bebês deve ser sempre comprovada através de medição com termômetro antes de se tomar qualquer providência. Para medições em bebês muito pequenos, o ideal é que ela seja feita com introdução do termômetro no reto. Antes, a região deve ser lubrificada com um pouco de vaselina.
O medicamento mais utilizado para baixar a febre de bebês são os antitérmicos, especialmente o paracetamol e ibuprofeno. É muito importante que os pais estejam atentos à dose do remédio que deva ser dada ao bebê para não haver risco de overdose. Recomenda-se dar remédios ao bebês somente em caso de febre superior a 39° ou menor se não for bem tolerada pela criança.
Alguns responsáveis preferem adotar métodos caseiros e naturais para tratar a febre de seus filhos no lugar do uso de medicamentos. A receita mais utilizada é a aplicação de bolsas e panos úmidos na testa e axilas da criança para troca de calor. Essas toalhas devem ser substituídas de tempos em tempos para que seu uso faça efeito. Banhos mornos ou quentes também são muito prescritos. Em crianças com mais de seis meses, a reidratação é muito aconselhada. Já a alimentação deve ser leve, normalmente baseada em sopas e outros alimentos mais líquidos. Um chá de maçã também ajuda a baixar a febre.
A causa da febre em um bebê de dois anos costuma ser infecciosa, mas também pode ter origem reumática, imunológica ou metabólica. Em alguns, aumentos moderados de temperatura podem favorecer a fabricação de anticorpos e tornar mais eficazes os usos futuros de antibióticos. Para determinar se a febre exige tratamento, esteja atento ao estado geral da criança, principalmente em outros sintomas relacionados. Se o bebê já tiver sofrido convulsões em caso de febre anterior, o tratamento deve sempre ser efetuado.
Se a febre for bem tolerada e estiver abaixo dos 38°C, as medidas caseiras descritas acima podem ser aplicadas combinadas ou não com uso de remédio antitérmico. Por outro lado, se outros sintomas - fadiga, manchas avermelhadas na pele, dor de cabeça e rigidez da nuca, entre outros - estiverem associados ao aumento de temperatura, o correto é consultar um médico para que se faça um diagnóstico e tratamento mais adequados.
Acreditava-se antigamente que bebês podiam ter febre quando seus dentes se desenvolviam. Porém, essa relação já foi descartada pela ciência. Na verdade, bebês apresentavam um leve aumento de temperatura no dia em que o dente sai e no seguinte. O aumento, que pode chegar a no máximo 37°C, não preocupa e febre acima desse valor nesse período é sinal de um outro problema.
Com bastante frequência - cerca de 20% das vezes, bebês têm aumento de temperatura corporal depois de serem vacinados. Em geral, o aumento é leve e não ultrapassa os 37,5°C e apenas 2% dos bebês vacinados vão além dos 39°C. Somente neste último caso deve-se utilizar um antitérmico para baixar a febre. O mais utilizado é o paracetamol e sua dose precisa ser ajustada à idade e peso da criança. A febre pode demorar até seis horas para surgir e dura em média 24 ou 48 horas. Em caso de vacina tríplice viral, a febre pode demorar ainda mais tempo para aparecer, podendo esse período chegar a até 10 dias.
É bastante comum que bebês apresentem um quadro febril sem nenhum outro sintoma que o acompanhe que indique uma possível infecção. Os sintomas mais habituais são tosse, vômitos e diarreia. Em geral, casos de febre sem outros sintomas indicam infecções virais, infecções urinárias e mesmo meningite. Por conta disso, esse tipo de febre deve ser comunicada ao pediatra para análise correta do problema.
Foto: © red2000 - 123RF.com