O controle regular da saúde ocular é indicado para crianças cada vez mais cedo e hoje já se sabe da importância da análise, principalmente entre os pequenos que ainda não tem condições de exprimir suas dificuldades visuais. Crianças já podem apresentar problemas de visão como miopia, hipermetropia, astigmatismo, lesões orgânicas e ambliopias.
O diagnóstico precoce e o tratamento de anomalias visuais antes da criança completar dois anos abre a possibilidade para a recuperação total da visão. Por outro lado, se o tratamento só é iniciado entre dois e seis anos, as chances de sucesso caem para 50%. A perda da visão é irreversível quando o tratamento é efetuado a partir dos seis anos.
Os fatores de risco para doenças da visão podem ser divididos em dois grupos: antecedentes familiares e antecedentes pessoais.
Crianças têm mais chances de apresentar problemas de visão quando seus pais ou parentes diretos possuem estrabismo, casos severos de refração, ambliopia, astigmatismo ou outra doença oftalmológica hereditária.
Já os antecedentes pessoais que podem influenciar no surgimento de um problema de visão são nascimento prematuro e com peso inferior a 1,5 kg, exposição no útero à cocaína ou álcool e surdez congênita. Também são fatores de risco pessoais anomalias cromossômicas, como a Síndrome de Down, problemas neuromotores e doenças fetais, como a toxoplasmose.
Alguns sinais emitidos pelos bebês devem alertar pais e médicos para o risco de um problema de visão. São eles, por exemplo, o aparecimento de manchas brancas na pupila, desinteresse do bebê por jogos oferecidos pelos pais, posicionamento da criança sempre de um mesmo lado e frequência com que a criança franze a testa e aperta os olhos. Distrações no fim do dia, quando a iluminação natural já se foi, e confusão entre algumas letras também podem ser indícios de problemas de visão.
Algumas ações da criança - e que variam conforme a idade - são características de problemas de visão e, se percebidas, exigem a consulta a um especialista.
O bebê não demonstra interesse por atividades com estímulos visuais, seu olhar parece errante e não fixa sua atenção sobre um objeto específico apresentado a ele.
Junto aos sinais anteriores também se pode notar um número excessivo de quedas, enrugamento das pálpebras, indiferença em relação ao entorno e sensibilidade à luz do sol.
Outros sinais aparecem com o avanço da idade, como atraso na linguagem, lentidão na execução de tarefas, cansaço excessivo e problemas de coordenação e orientação.
A partir dessa idade, a prática da leitura é dificultada pela confusão entre algumas letras e a criança passa a reclamar de dores de cabeça no fim do dia.
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