Beber refrigerantes se tornou uma prática muito comum mesmo em países onde não havia esse costume. Mas quando o consumo acontece em detrimento de hábitos saudáveis como beber água, leite, sucos e outras bebidas naturais, ele se torna um problema de saúde pública.
Especialistas preveem que uma em cada três crianças que consome regularmente refrigerantes podem desenvolver diabetes durante a sua vida. Isso significa que crianças que bebem refrigerantes regularmente são 22% mais propensas a desenvolver diabetes do tipo 2 do que aquelas que bebem menos de uma lata da bebida por mês.
Além da diabetes, é possível citar uma série de outros malefícios e doenças associados ao consumo regular e excessivo de refrigerantes, seja por crianças ou adultos. Entre eles, podemos citar cáries, problemas renais, obesidade, osteoporose, insônia, fraqueza, asma, fadiga e úlceras.
Cada componente da fórmula do refrigerante desempenha um papel. O principal componente do refrigerante é água gaseificada. Esta substância pode causar o aparecimento de cálculos renais, também conhecidos como pedras nos rins.
O corante de cor marrom é obtido pela aplicação de calor ou de produtos químicos em hidratos de carbono. Este componente é responsável por dar sabor à bebida. O consumo excessivo deste produto pode causar falta de vitamina B6 que irá desencadear espasmos ou contrações musculares.
O aspartame, adoçante utilizado na versão dietética dos refrigerantes, pode danificar as células do cérebro e promover o desenvolvimento de tumores cerebrais. Ela também aumenta a acidez da urina.
Concentrações elevadas de ácido fosfórico irritam a pele e membranas mucosas. Além disso, o ácido fosfórico danifica o cálcio dos ossos e agrava a osteoporose. Também não devemos esquecer que a combinação deste ácido com açúcar refinado e frutose dificulta a absorção de ferro, o que pode causar anemia e baixa imunológica, especialmente em crianças, idosos e grávidas.
O benzoato de potássio é um conservante, bactericida e fungicida. O ácido cítrico pode causar a erosão dos dentes e irritação local. A cafeína pode causar dependência nos consumidores e aumentar a probabilidade de aborto no primeiro trimestre da gravidez.
O governo do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, aprovou uma medida pública para que uma advertência sanitária seja aplicada à publicidade de refrigerantes. Entre outras informações, o aviso alerta que as bebidas com adição de açúcares contribuem para obesidade, diabetes e cárie dentária.
A advertência é exibida não somente em outdoors e cartazes na cidade de São Francisco, capital do estado, mas também na publicidade das bebidas com adição de açucares anunciadas em estádios, pontos de ônibus e veículos. Com a medida, São Francisco se tornou a primeira cidade dos Estados Unidos a estabelecer oficialmente a advertência de saúde como política pública.
A medida se aplica a bebidas açucaradas que contenham 25 calorias ou mais, incluindo refrigerantes, isotônicos e chá gelado. Leite, sucos de fruta naturais e suco de vegetais foram excluídos. As etiquetas de advertência ocupam pelo menos 20% do espaço publicitário.
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