A sinusite é uma inflamação dos seios paranasais. Na maioria das vezes, este problema ocorre de maneira simultânea ou estreitamente relacionada aos processos inflamatórios primários da mucosa nasal. Nestes casos, falamos de rinosinusite, que pode ser classificada como aguda, quando sua duração não ultrapassa oito semanas, crônica, quando o período da doença é maior, ou recorrente, quando o paciente sofre três episódios agudos de sinusite em 12 meses.
Os seios paranasais são espaços cranianos cheios de ar (atrás da testa, olhos e bochechas) recobertos por membrana mucosa. Os seios paranasais saudáveis não contêm bactérias ou outros germes. Geralmente, o muco é capaz de sair e o ar de circular. Quando as aberturas paranasais ficam bloqueadas ou sofrem acúmulo de muco, os germes encontram terreno fértil para multiplicação.
Os seios paranasais têm como funções principais o aquecimento, umedecimento e filtragem do ar inalado, que alcançará os pulmões. Além disso, eles atuam no processo de vocalização de certos sons.
Os sintomas mais comuns da sinusite são febre, perda do olfato, tosse que tende a piorar durante a noite, fadiga, congestão nasal, secreção nasal espessa e amarelada, sensação de inchaço e peso no rosto e dores de cabeça e nos dentes. Os sintomas da sinusite crônica costumam ser mais brandos, porém se estendem por mais tempo (cerca de 12 semanas) do que nos casos de sinusite aguda.
Entre as crianças, a sinusite também provoca resfriado ou outras doenças respiratórias que apresentam melhora e depois voltam a piorar, febre alta associada a secreção nasal escura por cerca de três dias e secreção nasal - com ou sem tosse - que se mantém por mais de 10 dias.
Existem dois tipos de sinusite: aguda e crônica. A sinusite aguda é causada por infecção bacteriana na maioria dos casos. Ela também pode ser desencadeada como complicação tardia de uma infecção viral respiratória, como o resfriado. Já a sinusite crônica também pode ser motivada por infecção bacteriana, mas sua causa mais frequente é uma doença inflamatória crônica similar à asma bronquial.
Ainda que os resfriados sejam a causa mais frequente da sinusite aguda, as pessoas com alergias estão predispostas ao desenvolvimento da sinusite pois a alergia pode provocar inflamação crônica do revestimentos dos seios e do nariz.
Esta inflamação impede a eliminação frequente de bactérias da cavidade dos seios paranasais, aumentando a probabilidade de desenvolvimento de uma sinusite bacteriana secundária. Por conta disso, pessoas alérgicas devem receber prescrição para tratamento preventivo contra o risco de uma infecção na região.
As pessoas com problemas nos seios paranasais e alergias devem evitar tabaco, fumaça e odores fortes, que irritam os seios e podem aumentar os sintomas da sinusite. A rinite alérgica também pode ser responsável por quadros de sinusite.
Problemas imunológicos ou estruturais também podem causar sinusite crônica. Mais da metade das crianças com sinusite crônica possui anormalidades no sistema imunológico. A fibrose cística também está envolvida no aparecimento da sinusite crônica.
Anomalias anatômicas podem ser outra causa da sinusite recorrente. Entre elas estão estreitamento do conduto de drenagem do nariz, obstrução nasal por pólipos ou tumores, tamanho acima do normal das glândulas adenoides e desvio do septo nasal.
Nestes casos, ainda que os medicamentos possam prevenir frequentemente a recorrência da sinusite, é necessária a realização de uma cirurgia reparadora para tratar as obstruções. Além disso, a investigação médica deve ser completa em casos de sinusite crônica pois muitos dos pacientes têm mais de um fator de risco para a ocorrência desta forma da doença respiratória.
Outras causas da sinusite são o tabagismo, infecções dentais, baixa imunológica provocada por quimioterapia ou vírus HIV e doenças que impedem que os cílios do aparelho respiratório trabalham apropriadamente, como a síndrome de Kartagener e de imobilidade ciliar.
O tratamento da sinusite deve ser feito com atuação em duas frentes. Em primeiro lugar, é necessário desobstruir os seios paranasais. Para isso, o paciente deve hidratar-se muito bem (cerca de 2 litros de água por dia), realizar lavagens nasais regulares com soro fisiológico e utilizar sprays descongestionantes.
Por ter origem bacteriana, a sinusite deve ser tratada com uso de antibióticos. O mais recomendado é a amoxicilina. Outras classes de antibióticos devem ser prescritas por especialista em caso de insucesso do tratamento com amoxicilina.
O remédio caseiro mais recomendado para o combate à sinusite é a prática de nebulização com eucalipto. Além disso, o chá de camomila, especialmente para crianças, é bastante eficiente contra a obstrução dos seios paranasais.
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