O bicho geográfico, cujo nome científico é Larva migrans cutânea, é um parasita que vive no intestino de cães e gatos responsável por provocar irritação e coceira na pele quando infecta seres humanos e se desloca por sua corrente sanguínea.
O bicho geográfico é um parasita geralmente presente no intestino de animais domésticos. Quando infecta seres humanos, o deslocamento da larva através da corrente sanguínea vai deixando um rastro de inflamação que lembra os contornos de um mapa, daí o nome popular dessa infecção. Na maior parte das vezes, a doença acomete crianças.
A transmissão do bicho geográfico para seres humanos se dá através do contato direto com as larvas oriundas das fezes de cães e gatos. Em geral, elas se aproveitam de pequenos ferimentos na pele, especialmente nos pés e pernas, para penetrar no corpo humano e alcançar a corrente sanguínea. Não há forma de transmissão entre pessoas do bicho geográfico.
O primeiro sinal de uma infecção por bicho geográfico é a aparição de um ponto vermelho alto na pele no local exato onde a Larva migrans penetrou. Na sequência, o bicho geográfico pode permanecer entre poucos minutos e semanas imóvel. Quando a larva começa a se movimentar, o paciente percebe que algo se mexe debaixo da pele. Outros sintomas são formação de linhas tortuosas vermelhas pela pele, coceiras - principalmente à noite - e inchaço cutâneo.
As linhas pelo corpo tornam a infecção por bicho geográfico muito típica e o diagnóstico em geral é feito apenas com a observação médica. Nesses casos, mais importante do que o diagnóstico em si é a observação de outras pessoas que convivem com o paciente já que há possibilidade de surto da doença.
Em muitos casos, as lesões provocadas pela larva desaparecem sozinhas depois de alguns dias. Em outras ocasiões, o uso de pomadas ou comprimidos antiparasitários pode ser prescrito pelo médico. A aplicação de gelo sobre o local das lesões reduz os edemas e a coceira, sendo importante para o alívio dos sintomas. A indicação de outras drogas, como anti-inflamatórios e antibióticos, só acontece nos raros casos de infecção das lesões.
Os cuidados para prevenção do bicho geográfico são combinados entre animais domésticos e seres humanos. Sendo assim, não leve seu animal à praia já que há risco de contaminação dele ou de transmissão das larvas presentes nas fezes dele para outras pessoas. Além disso, recolha imediatamente as fezes dos animais nas ruas e em qualquer outro lugar.
Por outro lado, é importante estar atento para não pisar em fezes de animais quando estiver descalço e não se deitar diretamente na areia da praia ou em gramados. Por fim, deve-se lavar os pés com água gelada toda vez que se caminhar descalço na praia ou outros ambientes.
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