A doença do legionário é uma forma de pneumonia transmitida pela bactéria Legionella. O micro-organismo costuma se abrigar em dutos de ar condicionado, encanamentos e outras estruturas e se espalhar pelos moradores e frequentadores de um ou mais prédios. A doença, recorrente nos Estados Unidos, recebeu esse nome por ter sido registrada pela primeira vez durante convenção da Legião Americana em um hotel da Filadélfia, em 1976.
A doença é transmitida quando uma pessoa respira ar ou vapor contaminado com a bactéria. A contaminação, no entanto, não ocorre de pessoa para pessoa, apesar da bactéria permanecer incubada no corpo do portador por até 10 dias.
A maioria das pessoas expostas à Legionella não caem doentes ou necessitam de internação. É importante, porém, procurar um médico ao menor sinal para que seja possível determinar a fonte da contaminação e tentar evitar a transmissão para outras pessoas.
Como toda forma de pneumonia, a doença do legionário tem sintomas bastante similares a outras doenças respiratórias, o que pode dificultar um diagnóstico preciso. Os sinais mais comuns são tosse, dificuldade para respirar, dores de cabeça e no corpo e febre alta.
O tratamento, como em toda doença bacteriana, é feito com antibióticos. Na maior parte dos casos, apenas o uso de medicamentos é o bastante para a resolução do problema, prescindindo de hospitalização e cuidados redobrados.
No entanto, pessoas que fazem parte dos grupos de risco da doença podem apresentar sintomas mais graves, maior resistência ao tratamento e, portanto, necessitar de internação. Formam os grupos de risco da doença do legionário maiores de 50 anos, fumantes e ex-fumantes, portadores de doença pulmonar crônica, pessoas com sistema imunológico enfraquecido por doença ou tratamento médico.
Sem vacina para imunização da população, a doença do legionário pode ser prevenida com a manutenção e limpeza de encanamentos e dutos de prédios e casas. Fontes de água também devem ser alvo de atenção. Integrantes de algum dos grupos de risco devem evitar usar banheiras.
Registrada pela primeira vez em 1976, na Filadélfia, a doença do legionário, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), leva à internação de 8 mil a 18 mil pessoas por ano nos Estados Unidos. Em 2015, a cidade de Nova York conviveu com sua maior crise da doença do legionário. Ao todo, 140 pessoas foram infectadas e 13 delas morreram. Segundo dados oficiais, a doença tem taxa de mortalidade entre 1% e 30%.
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