Como diferenciar os tipos de diabetes


Recentemente, hospital no Texas, nos Estados Unidos, divulgou que fez o diagnóstico de diabetes tipo 2 em uma menina de 3 anos, que se tornou a paciente mais jovem a ter a forma da doença. Segundo o médico Michael Yafi, que apresentou o caso, a dieta da menina era rica em calorias e gorduras e ela, apesar da pouca idade, pesava 35 kg, o dobro da média na sua idade.

O caso é a exceção que confirma a regra, dizem os especialistas. Em geral, crianças com diabetes são portadoras do tipo 1. Já o tipo 2 acomete mais adultos acima de 40 anos, sedentários e acima do peso. Veja abaixo como diferenciar os dois tipos da diabetes.

Diabetes tipo 2

A diabetes tipo 2 é a modalidade mais conhecida da doença e afeta 90% dos diabéticos. Em geral, essa condição se desenvolve progressivamente com a idade. A diabetes tipo 2 se instala devido à má utilização do hormônio insulina pelas células do organismo. O portador começa a produzir açúcar em excesso, que não é assimilado e utilizado pelos músculos. Nessas condições, o pâncreas fica sobrecarregado, pois não consegue produzir insulina suficiente para eliminar o excesso de açúcar no sangue.

No início da doença, a diabetes tipo 2 é assintomática. Apenas quando a taxa de açúcar no sangue ultrapassa 2 gramas por litro, ou seja, quando a doença já está bem avançada, é que os sintomas começam a aparecer. Diferentes fatores como histórico familiar, sobrepeso e sedentarismo aumentam o risco de se desenvolver diabetes tipo 2 ao longo da vida. O tratamento passa pela mudança de hábitos alimentares e prática de exercícios físicos combinados ao uso de insulina por via oral ou injetável.

Diabetes tipo 1

Menos frequente que a anterior, a diabetes tipo 1 afeta principalmente crianças, adolescentes e jovens adultos. Ligada a uma predisposição genética, essa forma é uma doença autoimune.

No tipo 1, as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina são destruídas pelo próprio sistema imunológico do paciente e o hormônio para de ser secretado. Para substituir a ausência de insulina endógena, a única solução possível é a insulinoterapia, que consiste no uso diário e para toda a vida da insulina injetável.

Alguns sintomas devem alertar os pais para a presença da doença em seus filhos. Os principais são perda de peso rápida associado a fome frequente, além de vontade de urinar diversas vezes ao dia. Hoje em dia, a atenção precisa ser redobrada pois os casos de diabetes tipo 1 dobraram nos últimos 15 anos.

Foto: © alexmit - 123RF.com

CCM Saúde é uma publicação informativa realizada por uma equipe de especialistas de saúde.
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