Certas circunstâncias podem diminuir a eficácia das pílulas anticoncepcionais. Estresse ou estados emocionais podem alterar o funcionamento dos hormônios, mas não afetam os efeitos contraceptivos em si. Portanto, pode ser que mulheres passando por essa situação sofram atraso em seu período menstrual, sem que isso signifique alteração sobre a ação dos contraceptivos.
Não tomar a pílula anticoncepcional na hora e data devidas diminui o efeito contraceptivo. Não adianta tomar no próximo dia, pois não é possível recuperar o efeitos dos comprimidos esquecidos. O correto a fazer é tomar duas pílulas no dia seguinte. Mesmo assim, a eficácia do método até a próxima menstruação foi afetada.
É preferível tomar a pílula entre seis e oito horas depois de tomar outros medicamentos. É importante saber que alguns antibióticos como as cefalosporinas ou anticonvulsivos inibidores de enzimas hepáticas (fenobarbital, fenitoína, primidona, entre outros) podem diminuir o efeito de contraceptivos.
Em ambos os casos ocorre uma perturbação no processo de absorção. Caso ocorram menos de quatro horas após a ingestão do comprimido, vômitos e diarreia impedem a absorção do contraceptivo, fazendo com que talvez o organismo não alcance os níveis de hormônios necessários para impedir a ovulação.
Caso a mulher tenha começado a tomar a pílula recentemente, é importante saber quanto tempo é preciso para obter um efeito contraceptivo adequado. Se iniciar o uso do contraceptivo desde o primeiro dia do ciclo (primeiro dia da menstruação) e tomá-lo de maneira adequada, o contraceptivo é eficaz desde o começo. Por outro lado, caso o começo tenha ocorrido o segundo e quinto dias da menstruação, a contracepção não é eficaz durante a primeira semana de uso. Muitos ginecologistas indicam um método de barreira durante o primeiro mês para garantir a eficiência da contracepção enquanto se avalia a ingestão adequada da pílula.
O álcool não reduz a eficácia das pílulas anticoncepcionais. No entanto, o contraceptivo pode influenciar o metabolismo do álcool, deixando a pessoa mais suscetível à intoxicação com a substância. Apesar de o álcool não possuir nenhum efeito direto sobre a pílula, se houver uma intoxicação que levar a vômitos, a absorção do comprimido pode ser afetada e, por conseguinte, o seu efeito. Além disso, o álcool é eliminado mais lentamente em mulheres que usam a pílula contraceptiva.
O consumo de medicamentos antidepressivos, como a imipramina, ou tratamentos naturais para a condição, tal como o uso da erva-de-são-joão, também conhecida como hipericão, reduzem a eficácia dos contraceptivos orais. Portanto, nestes casos, é recomendada associação de um método não hormonal como os preservativos.
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