As funções sexuais e eréteis são importantes para a saúde do homem e o bem-estar dos casais. A disfunção erétil é um problema muito comum em homens com diabetes. Estima-se que ela afeta um em cada quatro homens na população em geral, chegando a 50% entre aqueles com mais de 50 anos. Até 2025, 320 milhões de homens sofrerão de disfunção erétil.
As dificuldades sexuais são uma das principais causas da deterioração da qualidade de vida de pessoas diabéticas e podem mesmo causar conflito nas relações amorosas destes pacientes. O problema mais comum é a disfunção erétil, isto é, a incapacidade ter ou manter ereção que permita uma penetração bem sucedida. A ocorrência de disfunção erétil em diabéticos ocorre com grande frequência em pacientes mais novos e pode chegar a até 75% nos mais velhos.
Nos diabéticos, a disfunção erétil está associada a vários fatores, tais como: o aumento da idade, mau controle metabólico, longa história de diabetes, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, depressão, uso de alguns medicamentos e complicações microvasculares da doença.
Em primeiro lugar, os diabéticos muitas vezes sofrem de aterosclerose, acúmulo de gorduras nas artérias que podem entupir aquelas que irrigam o pênis. Nestes casos, a ereção se torna insuficiente. Além disso, a diabetes pode causar danos ao sistema nervoso, seja nos nervos do pênis ou na medula espinhal. Em ambos os casos, ocorre uma neuropatia que pode resultar em menor sensibilidade no pênis, dificultando a ereção e sua manutenção.
O fracasso sexual acarretado pela doença pode gerar sentimento de desvalorização e levar à depressão. Em vez de tentar resolver o problema, o paciente se convence de que a diabetes o conduzirá inevitavelmente a evitar relações sexuais, o que aumenta a frustração do casal, criando novos problemas. Um círculo vicioso é produzido no qual, diante das tentativas fracassadas, as dificuldades sexuais aumentam ainda mais.
A ação mais importante é controlar a diabetes, seguir as instruções do seu médico, manter uma dieta adequada, fazer exercícios e tomar corretamente os medicamentos. Em caso de disfunção sexual, um médico deve ser consultado para conduzir o estudo para determinar as causas - orgânicas, psicológicas ou mistas - do problema e realizar os tratamentos adequados.
Muitos pacientes melhoram consideravelmente apenas ao recuperar os níveis normais de glicemia no sangue e receber aconselhamento sobre saúde sexual focada no relacionamento. Outros ainda precisam de remédios para ajudar a melhorar a irrigação do pênis ou para equilibrar sua condição psicológica se houve episódios graves de ansiedade e depressão.
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