A enxaqueca é uma forma particular de dor de cabeça. As dores provocadas pela enxaqueca podem se prolongar por até 72 horas e são mais fortes na região lateral do crânio. Mulheres são de três a quatro vezes mais afetadas pela enxaqueca, que pode incapacitar a pessoa durante os períodos de crise por impedir, em alguns casos, até mesmo que se abra os olhos.
As principais diferenças entre enxaqueca e dor de cabeça são que a enxaqueca provoca dores mais fortes e prolongadas que se localizam em um ponto específico da cabeça, normalmente a lateral do crânio. Além disso, a enxaqueca pode provocar quadros de náusea e vômito.
Um dos sintomas da TPM é a enxaqueca menstrual. Em geral, a enxaqueca afeta 20% das mulheres em idade reprodutiva, mas este patamar pode chegar a 60% entre aquelas com tendência à enxaqueca. Diferentemente de outros sintomas da TPM, a enxaqueca menstrual não passa - e pode ser inclusive agravada - com o uso da pílula anticoncepcional.
Além dos sintomas já citados - dores fortes em um ponto específico da cabeça, náusea e vômitos, a enxaqueca se manifesta por fotofobia (sensibilidade à luz), impossibilidade de suportar barulhos mais altos, irritabilidade e distúrbios do humor, dificuldades de visão e fadiga excessiva.
Em algumas pessoas, a enxaqueca é precedida por um fenômeno chamado fase de aura, que dura de 15 a 30 minutos. A aura corresponde a anomalias visuais, tais como redução do campo visual, impressão de luminosidade excessiva, deformação de imagens e perda de visão temporária em um ou nos dois olhos. Essa situação afeta entre 10% e 15% dos portadores de enxaqueca.
A frequência das crises de enxaqueca varia de pessoa para pessoa. Em casos mais graves, o paciente pode experimentar até duas crises por semana. Já os quadros mais leves provocam uma crise a cada três ou quatro meses.
Algumas pessoas têm risco aumentado de sofrer de enxaqueca. São elas mulheres em geral, pessoas com histórico familiar de enxaqueca e pessoas mais jovens. A partir dos 40 anos, as crises de enxaqueca se tornam mais raras e já na casa dos 50 anos tendem a desaparecer.
Alguns fatores podem agravar a enxaqueca ou aumentar o risco de sua ocorrência. Entre estes fatores podem ser citados fadiga, estresse, sensação de fome, distúrbios do sono, ambientes barulhentos e muito iluminados e o tabagismo passivo.
Alguns alimentos, principalmente aqueles que contêm tiramina, podem desencadear um quadro de enxaqueca. Entre estes alimentos destacam-se o chocolate, vinho branco ou tinto, carnes em conserva, queijos fundidos, azeitonas e uva passa.
O tratamento da enxaqueca pode ser feito de diferentes formas e passa sobretudo pela busca em prevenir a ocorrência de novas crises. Neste sentido, é necessário consultar um médico especialista para que, a partir de uma avaliação clínica e laboratorial, ele determine a melhor abordagem terapêutica.
De acordo com a frequência e intensidade da enxaqueca, um médico pode prescrever diferentes tipos de medicamentos. Algumas dessas classe de remédios que podem ser utilizados para o tratamento e prevenção da enxaqueca estão betabloqueadores, antidepressivos, inibidores de cálcio e antieméticos.
O tratamento caseiro da enxaqueca consiste, sobretudo, na adoção de certos hábitos de vida como alimentação adequada e técnicas de relaxamento contra o estresse. Outras dicas para tratar a enxaqueca sem remédios podem ser encontradas aqui.
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