A síndrome do pé diabético é uma das principais complicações da diabetes. Úlceras e amputações nos pés são muito frequentes entre pacientes com a doença. Os problemas costumam surgir por traumatismos mínimos, exigindo atenção redobrada por parte dos portadores de diabetes.
As lesões nos pés de diabéticos são normalmente provocadas por neuropatia periférica ou autonômica, complicações bastante frequentes na diabetes e às vezes associadas a uma infecção. O diabético apresenta falta de sensibilidade ao calor e frio, além de diminuição da sensação de dor. Com isso, não percebe os traumas que podem afetar os pés e acaba se ferindo sem se dar conta.
O diabético também tem maior ressecamento da pele, o que provoca fissuras. Algumas delas dão origem a infecções. As deformações dos pés provocam a aparição de calosidades, outra fonte de feridas e infecções posteriores. Uma lesão do pé não tratada pode ter consequências muito graves para um paciente diabético.
A complicação mais frequente do pé diabético é a formação de úlceras. É fundamental que, ao primeiro sinal do problema, o paciente seja tratado de maneira adequada e completa já que o desenvolvimento da úlcera está diretamente ligado a infecções e amputações.
Úlceras e outras lesões infectadas no pé de pacientes diabéticos devem ser tratadas com uso de medicamentos antibióticos, que combatem a presença de bactérias. A decisão sobre qual antibiótico será usado cabe exclusivamente ao médico especialista e se baseia nas condições do pé do paciente e no estágio da infecção.
Estudos apontam que 85% das complicações da síndrome do pé diabético poderiam ser evitadas com acompanhamento médico e hábitos simples por parte do paciente. Entre eles estão avaliação frequente do estado dos pés, com busca por possíveis focos de lesões, higiene regular com sabão neutro e água abundante, corte reto das unhas e secagem completa dos pés após o banho, dando especial atenção ao espaço entre os dedos.
Estima-se que 5% a 10% dos diabéticos sofrerá uma amputação ao longo da vida. Entre eles, aliás, o risco de amputação é 40 vezes maior do que entre não diabéticos. Em média, 19% dos pacientes diabéticos que passam por amputação morrem em menos de um ano. Por outro lado, 65% têm sobrevida de três anos e 41%, de cinco anos.
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