O câncer é resultado de um crescimento desordenado de células do organismo humano. O crescimento e proliferação dessas células se dá de modo descontrolado e, às vezes, o aumento de volume provocado pode se tornar visível, recebendo o nome de tumor. O termo câncer engloba um alto número de doenças que surgem em diversas partes do corpo.
Enquanto as células normais se dividem e morrem durante um período de tempo prolongado, a célula cancerosa 'esquece' sua capacidade de morrer e passa a se dividir quase sem limites. Esta multiplicação no número de células pode chegar a formar massas - chamadas de tumores ou neoplasias - que, em sua expansão, destroem e substituem os tecidos normais do organismo. Quando uma célula normal desenvolve mutações que não podem ser adequadamente reparadas, ela ativa seu próprio programa de morte. As células cancerosas, por outro lado, desenvolvem essas mutações e não morrem.
O câncer é nome dado a um grupo de mais de 100 doenças. Elas são classificadas de diversas maneiras, mas uma das mais usuais diz respeito ao local onde a divisão celular descontrolada teve início. Quando o problema surge em tecidos epiteliais, seu nome é carcinoma. Já em tecidos conjuntivos (ossos, cartilagens e músculos), recebe o nome de sarcoma.
Existem fatores internos e externos que levam ao câncer. Internamente, predisposições genéticas - denotadas, por exemplo, pelo histórico familiar de um mesmo tipo de câncer - têm forte influência sobre o risco de uma pessoa desenvolver câncer. Por outro lado, fatores externos também contribuem para o desenvolvimento do câncer, tais como exposição ao sol, tabagismo, alcoolismo, obesidade e uso de medicamentos, entre outros.
Alguns tipos de câncer podem não formar tumores, como acontece normalmente em cânceres de tipo sanguíneo. Por outro lado, nem todos os tumores formados são malignos (cancerosos). Há tumores que crescem em ritmo lento, não se disseminam por outras partes do corpo nem infiltram tecidos vizinhos. Nestes casos, são considerados benignos. Isso torna o tratamento mais simples e o risco de mortalidade é muito menor.
O risco de mortalidade por câncer vem diminuindo de maneira significativa nos últimos 20 anos por conta dos avanços da medicina. No entanto, o momento do diagnóstico é crucial para determinar as chances de sobrevida do paciente com câncer. Aqueles diagnosticados ainda em estágios iniciais têm muito maior de superar o câncer do que quem descobrir o câncer já em fase avançada, principalmente se houver metástase pelo corpo. Nestes casos, a chance de sobrevida por mais de cinco anos após o diagnóstico é baixa.
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