Aneurisma é a denominação de uma fragilidade na parede de um vaso sanguíneo que leva à formação de uma protuberância e pode se romper a longo prazo. Há diversos tipos de aneurisma, mas o mais frequente é o aneurisma cerebral.
Os aneurismas surgem quando há uma região enfraquecida na parede de um vaso sanguíneo. Eles podem ter origem congênita ou se desenvolverem mais tarde. Ainda não foi esclarecido o motivo que leva ao surgimento de um aneurisma, mas alguns fatores de risco já foram identificados, tais como hipertensão, tabagismo e colesterol alto.
Em geral, um aneurisma pode se formar em qualquer vaso sanguíneo do corpo. No entanto, algumas formas são mais frequentes. Veja algumas delas abaixo.
O aneurisma cerebral pode ser do tipo sacular, sacular gigante ou sacular múltiplo. Há ainda o aneurisma fusiforme, quando há o alargamento de um vaso sanguíneo inteiro. O aneurisma cerebral pode ocorrer em qualquer vaso sanguíneo que alimente o cérebro e pode ser causado por hipertensão arterial, traumas e infecções que lesem o vaso.
Um aneurisma da aorta é uma área dilatada na parte superior da artéria aorta, a maior do corpo humano. Embora não costume apresentar sintomas, o aneurisma cardíaco pode gerar dores no peito, falta de ar, tosse e rouquidão.
Esse tipo de aneurisma se caracteriza pela dilatação da artéria aorta na altura do abdômen. Quando descoberto a tempo, o aneurisma da aorta abdominal, que acomete cerca de 4% da população, pode ser curado.
Em alguns casos, uma pessoa pode ter um aneurisma sem apresentar sintomas. Nesses casos, apenas uma ressonância magnética ou uma tomografia computadorizada poderá detectá-lo. Entretanto, se houver ruptura do aneurisma, causando sangramento no cérebro, por exemplo, os sintomas podem incluir dores de cabeça, perda de visão, dor nos olhos e no pescoço, náuseas e vômitos, perda de consciência, fotofobia e convulsões.
Um aneurisma, independente do local em que ocorrer, pode ser detectado por exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética e angiografia.
A forma mais comum de reparar um aneurisma é a clipagem. Nessa cirurgia, uma espécie de clipe é preso ao aneurisma, impedindo que ele se rompa e ocorra o vazamento do sangue. Outras cirurgias, principalmente a chamada embolização endovascular, também podem ser realizadas. Por outro lado, formas mais brandas de aneurisma devem apenas ser acompanhadas por um médico especialista, que também está apto a prescrever medicamentos como anticoagulantes.
Normalmente, a ruptura dos aneurismas cerebrais é fatal. Cerca de 25% das pessoas morre em 24 horas e outras 25% morrem em cerca de três meses. Dos que sobrevivem, mais de 25% apresenta algum tipo de incapacidade permanente.
Aneurismas cerebrais que se rompem podem deixar sequelas importantes no paciente, tais como perdas cognitivas (dificuldades de fala, raciocínio e atenção), dificuldades de locomoção, perda da visão e outros distúrbios visuais e dificuldade no controle do esfíncter urinário e anal.
É possível falar em cura do aneurisma quando o paciente realizar um procedimento para impedir que o vaso afetado se rompa. No entanto, na maior parte das vezes, o paciente precisa realizar tratamento continuado com medicamentos e acompanhamento para analisar os riscos de formação de novos aneurismas. Já nos casos de rompimento de aneurismas, determinar uma cura é mais difícil, pois os riscos de sequelas e óbito são altos.
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