O câncer na medula óssea é um tumor maligno causado pelo aumento do número de plasmócitos - célula que produz imunoglobulina e auxilia o sistema de defesa do corpo.
A medula óssea pode ser afetada por diferentes tipos de câncer. Entre eles, encontramos o mieloma - ou doença de Kahler - que atinge, na maioria dos casos, pessoas com idade entre 50 e 70 anos, e mais comumente os homens.
Há, ainda, as leucemias, outros tumores de medula óssea que, em sua versão aguda, caracterizam-se por uma produção anormalmente elevada dos glóbulos brancos imaturos, que invadem a medula óssea e depois o sangue, podendo migrar para outros órgãos.
Quando é atingida pelo câncer, a medula óssea se torna menos funcional e desenvolve o que chamamos de insuficiência medular, com diminuição da fabricação dos glóbulos vermelhos e, consequentemente, a anemia e a trombopenia, com riscos de hemorragias e a baixa imunidade.
No caso da doença de Kahler, ou mieloma múltiplo, os sintomas são muito variados e podem afetar diversos órgãos. Eles podem surgir na forma de dores ósseas com fraturas espontâneas nos ossos afetados, além de gerar palidez, infecções repetidas, fadiga ou emagrecimento.
No que diz respeito à leucemia, os sintomas comuns, seja no caso de leucemia aguda ou crônica, são principalmente causados pelas complicações da anemia (fadiga, palidez), da trombopenia (hemorragias) e da neutropenia (sensibilidade às infecções).
A detecção do câncer na medula óssea não é algo simples. Geralmente, os exames têm início em testes de sangue, que podem indicar níveis elevados de cálcio, anemia, creatinina e taxas de proteína acima dos valores considerados normais.
Diante da suspeita, são pedidas análises de urina e ossos, que ajudam a confirmar ou afastar o diagnóstico de mieloma múltiplo. Biópsia de medula óssea ou mielograma também podem ser solicitados para descobrir um número elevado de plasmócitos na medula óssea.
A doença de Kahler não pode ser curada por um tratamento médico, porém alguns medicamentos melhoram a qualidade de vida dos pacientes e evitam o surgimento de complicações, como os bisfosfonatos.
O tratamento se faz, geralmente, através de uma quimioterapia associada à realização de um transplante. A radioterapia é, às vezes, utilizada para combater as dores ósseas. Em casos de leucemia, quimioterapias ou um transplante de medula óssea são métodos considerados.
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