A creatinina é um produto sintetizado por uma molécula da creatina, indispensável para o funcionamento muscular. A creatinina gera informações úteis sobre a função renal e massa muscular do paciente, pois é transportada pelo sangue e, depois, eliminada na urina. A disfunção de valores, seja no sangue ou na urina, é associada a uma redução da função renal.
A dosagem de creatinina deve ser feita tanto na urina quanto no sangue. Os valores normais das taxas de creatinina no sangue em homens vão de 0,7 a 1,2 mg/dL (60-110 µmol/L). Para mulheres, eles variam entre 0,5 e 1,0 mg/dL (45-90 µmol/L). Na urina, 1.200 a 2.000 mg/24 h (10,5-18,0 mmol/24 h) para homens e 900 a 1.800 mg/24 h (8,0-16,0 mmol/24 h) para mulheres.
Observação: devem ser considerados na avaliação dos resultados variáveis como idade, eventuais problemas cardíacos ou renais, além de tratamentos médicos.
O nível de creatinina, como dito acima, possui diversas variantes. Um esportista, por exemplo, tem níveis de creatinina muito mais altos que um sedentário já que, sob esforço, os músculos produzem mais creatinina. Uma pessoa que siga uma alimentação rica em proteínas ou que ingere contraceptivos orais também possui valores mais elevados.
Uma concentração alta de creatinina no sangue pode indicar uma redução da função renal da pessoa (insuficiência renal), ou relação com outros males como leucemia, acromegalia, hipertireoidismo, gota, hipertensão e insuficiência cardíaca.
Um valor baixo de creatinina no sangue é indício de gravidez. Pode também ser sintoma de redução de massa muscular, no caso de pessoas idosas, ou por doenças específicas, ligadas a atrofias. Dieta com baixo nível de proteínas ou problemas de fígado são outras causas possíveis.
Os valores baixos de creatinina na urina podem significar idade avançada, insuficiência renal, obstrução do trato urinário, hipertireoidismo, etc. A creatinina urinária alta pode significar diabetes e acromegalia.
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