A candidíase é uma doença causada pela multiplicação de fungos da família Candida, sendo o mais comum o Candida albicans. Existem diversos tipos de candidíase, tais como genital, cutânea, bucal e esofágica. Os tratamentos são geralmente eficazes, e a sua forma galênica varia em função da localização da candidíase.
As candidíases se manifestam diferentemente de acordo com a sua localização. Na candidíase genital feminina, nota-se uma infecção vaginal e da vulva através de fungos (vulvovaginite) acompanhada de corrimentos brancos (leucorreias). Nos homens, uma inflamação da glande (balanite) é acompanhada de escoamento e coceiras. O sulco entre o prepúcio e a glândula se cobre de um depósito esbranquiçado.
Na candidíase cutânea, lesões aparecem em casos de assaduras de bebês, mas também nas unhas e dobras do corpo de crianças e adultos, seguidas de infiltrações. Essas lesões se tornam vermelhas e depois são circuladas por um entorno esbranquiçado. A localização preferencial são as zonas de maceração, meios úmidos e quentes adequados para a proliferação das leveduras.
Já na candidíase bucal, a face interna das bochechas e da língua se tornam vermelhas e depois secam e são cobertas por um depósito branco chamado de sapinho causando dificuldade de se alimentar e perturbação do gosto.
No que diz respeito às candidíases das mucosas e da pele, o diagnóstico não requer geralmente nenhuma amostra e análise. Um simples exame clínico é suficiente para determinar a existência desse tipo de candidíase. Uma raspagem ou amostra local é geralmente útil para confirmação de candidíase genital. Em contraste, em casos de candidíase esofágica, além de um exame clínico, amostras são necessárias para que a sua cultura permita identificar as leveduras responsáveis pela infecção e determinar o tratamento.
O tratamento das candidíases genitais, cutâneas e bucais é feito com base na administração de antifúngicos, adaptando a dosagem à área infectada. Os produtos utilizados podem estar na forma de loções, pomadas ou cremes. No que diz respeito á candidíase genital, elas implicam a utilização de óvulos para as mulheres. Toda candidíase genital implica que o parceiro seja tratado de maneira sistemática, especialmente quando se trata de uma forma reincidente da doença. O tratamento das candidíases esofágicas, principalmente nas pessoas imunodeprimidas requer uso de medicação por via oral.
Nas pessoas imunocompetentes, a transição para a patogênese da cândida pode ser evitada por uma higiene alimentar e corporal satisfatórias. Nos pacientes imunodeprimidos, principalmente nos soropositivos, a terapia antirretroviral impede a perda de células envolvidas na defesa do organismo e que previnem o surgimento das candidíases.