O linfoma é um câncer do sistema linfático que se desenvolve nos linfócitos, células que desempenham papel fundamental nas reações de defesa imunológica. De acordo com a sua natureza, ele é classificado em linfoma de Hodgkin ou não-Hodgkin. O linfoma é uma forma de câncer relativamente comum.
O sistema linfático é constituído por linfócitos, células que atuam no funcionamento do sistema imunológico. Uma parte destas células circula na corrente sanguínea enquanto outra parte se localiza nas diferentes regiões do organismo citadas anteriormente.
O linfoma de Hodgkin é caracterizado pela presença, no órgão afetado, de uma célula tumoral chamada célula de Sternberg. A doença de Hodgkin afeta principalmente adolescentes e jovens adultos. Essa forma de câncer do sistema linfático se divide em quatro níveis, variando de acordo com a quantidade de órgãos afetados e, consequentemente, sua gravidade. Os linfomas de nível 1 afetam apenas um órgão e são menos graves. Já os de nível 4 se espalham por diversos órgãos do sistema linfático.
Sim, qualquer forma de linfoma pode ser curada. O estágio da doença determina apenas o prognóstico do paciente. Pacientes com linfoma diagnosticado em grau 3 apresentam, em média, taxa de sobrevida nos cinco anos seguintes à descoberta de 80%. Nos graus 1 e 2, mais leves, essa taxa chega a 90%.
Como visto anteriormente, todo linfoma tem cura. No entanto, o linfoma grau 4, forma na qual a doença está mais espalhada pelo corpo, possui taxa de sobrevida nos cinco anos seguintes ao tratamento de 65%, o nível mais baixo entre as formas de linfoma de Hodgkin. Outros fatores também pode afetar o prognóstico, tais como idade (maiores de 45 anos têm situação pior), sexo (homens têm sobrevida menor) e contagens reduzidas de albumina, linfócitos e glóbulos brancos.
O linfoma não-Hodgkin é cinco vezes mais frequente que o linfoma de Hodgkin. Essa condição maligna se desenvolve sobre uma linhagem específica de células linfáticas, os linfócitos de tipos B ou T. Ao todo, existem mais de 40 formas de linfomas não-Hodgkin. Em geral, eles são divididos em dois grandes grupos: linfomas indolentes, de evolução lenta e cura mais difícil, e linfomas agressivos, que podem levar ao óbito rapidamente, mas possuem maiores chances de cura.
Os sintomas do linfoma de Hodgkin são principalmente adenopatias (inflamação dos gânglios linfáticos) enquanto os linfomas não-Hodgkin apresentam aumento indolor dos gânglios no pescoço, axila e virilha, suores noturnos, fadiga persistente, febre, tremores e perda de peso.
Pelo linfoma estar associado ao sistema linfático, seus tumores cancerosos podem se desenvolver em diferentes órgãos que contenham tecido linfoide, como os gânglios linfáticos, amígdalas, mucosa intestinal, medula óssea, pulmões, entre outros.
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