Apendicite aguda é uma inflamação e infecção do apêndice cecal, extensão do intestino grosso. Mais comum em adolescentes, essa infecção pode acometer pessoas de todas as idades.
A inflamação do apêndice ocorre devido à obstrução do órgão por fecalitos (fezes), facilitando a proliferação de bactérias na região e instalando um processo infeccioso. Essa obstrução também pode ocorrer devido a parasitas intestinais, cálculos biliares ou aumento de volume de gânglios linfáticos locais.
O sintoma marcante da apendicite aguda é dor abdominal generalizada e intensa, que também causa perda de apetite e náuseas. Com a evolução do quadro, a dor passa para a região epigástrica (estômago), avançando para o umbigo até atingir a região inferior e direita do abdômen. Nessa fase, podem ocorrer vômitos e febre baixa.
Para diagnosticar a apendicite aguda é feito exame físico no paciente, que sente dor à palpação na região inferior direita do abdômen com frequente endurecimento da parede abdominal. Há alterações no hemograma, caracterizadas por uma leucocitose. O exame de urina também pode apresentar alterações. Exames de imagem como ultrassonografia e tomografia computadorizada da região abdominal também são pedidos, pois evidenciam o espessamento do apêndice e a presença de pus.
O tratamento da apendicite aguda é cirúrgico, com a retirada do apêndice (apendicectomia). Devido à infecção associada, todos os pacientes recebem antibióticos, tanto antes da cirurgia quanto após a sua realização.
A cirurgia para retirada do apêndice deve ser feita de maneira urgente e, por isso, é fundamental que o paciente procure um médico tão logo as dores comecem. Em geral, isso ocorre pois as dores são caracterizadas por muitas pessoas que já passaram pelo problema como a maior que já sentiram. A cirurgia é feita sob anestesia geral e, na maior parte dos casos, o paciente recebe alta em no máximo dois dias.
A apendicite aguda é uma condição considerada grave pelo risco de complicações em caso de atraso na realização da cirurgia.
O principal risco decorrente do atraso da cirurgia é a supuração do apêndice, ou seja, do seu rompimento. Quando isso ocorre, o órgão expele pus com alta concentração de bactérias sobre a cavidade abdominal e a possibilidade de ocorrer uma infecção é bastante elevada. A infecção, por sua vez, pode evoluir para um quadro de infecção generalizada (sepse) e levar o paciente a óbito. Nestes casos, a cirurgia também é necessária e a administração de antibióticos pode exigir que o paciente permaneça mais dias internado.
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