O câncer na tireoide não tem causas claramente conhecidas, porém há alguns fatores de risco que deixam as pessoas mais vulneráveis a esse mal. Conheça mais sobre esse tipo de doença.
A glândula tireoide está localizada na parte da frente do pescoço, logo abaixo da laringe (cordas vocais). Ela produz hormônios que regulam o metabolismo do corpo humano. O câncer de tireoide ocorre quando tumores, também conhecidos como nódulos, crescem na tireoide.
Tratamentos com radiação para a cabeça, pescoço ou tórax, especialmente na infância ou adolescência, histórico familiar de câncer de tireoide, grande nódulo ou em rápido crescimento e idade superior a 40 anos são fatores de risco, mas que não significam que alguém vá ter câncer na tireoide.
Em muitos casos, o câncer na tireoide é assintomático, ou seja, não provoca sintomas. Em outras ocasiões, os principais sintomas do câncer na tireoide são dores na região do pescoço, inchaço do pescoço ou identificação de nódulos na região e rouquidão e outras formas de perda da capacidade vocal.
Esse é o tipo mais comum e está presente em cerca de 8 de 10 pessoas com câncer de tireoide (80%). Geralmente, cresce muito lentamente e muitas vezes se espalha para os gânglios linfáticos no pescoço. Se detectado enquanto o tumor é pequeno (menos de 1 cm) e confinado à glândula tireoide, a taxa de cura é muito alta, perto de 100% em pacientes jovens.
Atinge cerca de 10 a 15% dos casos. Raramente se espalha para os linfonodos, mas pode se espalhar para os pulmões ou ossos. Se for detectado enquanto o tumor é pequeno e confinado à tireoide, a taxa de cura total é alta, quase de 95% em pacientes jovens.
É muito menos comum (cerca de 5% dos casos). Quando não se espalha para além da tireoide, os pacientes têm 90% de chance de sobreviver por 10 anos; chance de 70% quando se espalha para os gânglios linfáticos no pescoço e chance de 20% quando se espalha para locais distantes (tais como o fígado, ossos ou cérebro).
É a forma menos comum (cerca de 1 a 2% dos casos) e o mais agressivo. É comum retornar após o tratamento e as chances de sobreviver mais de 6 a 12 meses é muito baixa. Afeta mais homens do que mulheres e, em sua maioria, pessoas com mais de 65 anos.
Normalmente, o paciente ou um médico encontra um nódulo, que depois é investigado pela aspiração do nódulo com uma agulha fina. Esse teste é muito preciso para identificar nódulos cancerosos ou "suspeitos" e muitas vezes pode identificar o tipo de câncer.
O tratamento do câncer de tireoide pode ser feito utilizando os mesmos métodos para outras formas de câncer, tais como uso de medicamentos, radioterapia e quimioterapia. A definição sobre qual ou quais tratamentos serão realizados depende exclusivamente da avaliação médica quanto ao tipo e estágio do tumor encontrado.
Cerca de 90% dos nódulos encontrados na tireoide são benignos (não-cancerosos), porém aqueles que são cancerosos podem se espalhar por todo o corpo se não forem tratados a tempo.
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