A faringe é o duto que se encontra na parte posterior da boca, por cima da laringe e do orifício de entrada do esôfago. Ela possui três grandes funções: liberar a passagem de alimentos para o esôfago, liberar a passagem de ar para a laringe e desempenhar papel na linguagem ao influenciar na emissão de sons por meio das cordas vocais.
A inflamação da faringe recebe o nome de faringite e se trata de uma condição comum provocada frequentemente por inflamação ou infecção local. Em alguns casos, há associação entre uma inflamação da faringe com outros problemas, tais como laringite, anginas e rinite.
Na maioria das vezes, a origem da faringite é uma infecção viral, mas há casos de faringite bacteriana. Além disso, intoxicação por tabaco, exposição ao pó, exposição prolongada ao ar condicionado, respiração pela boca e quadros de sinusite crônica também podem acarretar em uma faringite.
A faringite bacteriana é, na maior parte dos casos, provocada por uma infecção pelo Streptococcus pyogenes, uma bactéria estreptococo do tipo A. Sua principal diferença para os casos de faringite de origem é a forma de tratamento já que infecções bacterianas exigem uso de antibióticos.
A faringite crônica é a forma mais grave da inflamação da faringe já que sua recorrência pode provocar alterações permanentes na mucosa, tecidos linfoides e sobre os músculos da faringe. Seu tratamento deve ser feito com uso de medicamentos, hidratação, inalações com vapor d'água e gargarejo de água morna com sal. Leia mais sobre a faringite crônica aqui.
A capacidade de contágio da faringite vai depender exclusivamente de sua causa. No entanto, os tipos mais comuns da doença - infecções por vírus ou bactéria - são altamente contagiosas. Por outro lado, ocorrências de faringite por alergia ou irritação das estruturas respiratórias não podem ser transmitidas de uma pessoa para outra.
Os sintomas principais da faringite são dor de garganta, dor ao engolir e dificuldades para comer, vermelhidão e inflamação da faringe e tosse dolorosa em algumas ocasiões.
Casos de faringite em bebês guardam características peculiares. Em primeiro, a faringite bacteriana tende a ser mais grave entre as crianças do que em outras faixas etárias. Além disso, é necessário, assim como em qualquer outra condição que afete bebês muito pequenos, estar atento aos sinais da doença, tais como recusa de alimentos e choro constante. Na maioria das vezes, a faringite em bebês também é tratada com medidas simples, mas, ainda assim, é preciso consultar um médico para que ele faça o diagnóstico e determine a terapia adequada.
O tratamento da faringite está baseado na prescrição de medicamentos analgésicos, como o paracetamol. A evolução da doença até sua cura tende a ocorrer em poucos dias. Em caso de uma rinofaringite, deve-se combater também as secreções nasais.
Alguns tratamentos caseiros podem acelerar o processo de recuperação do paciente e inclusive são indicados para a prevenção da doença, principalmente em casos de faringite crônica. O principal produto natural utilizado contra a faringite é o mel, consumido puro ou adoçando chás, como os de tomilho e sálvia.
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