A hérnia inguinal é uma inflamação intra-abdominal ou de uma parte do intestino delgado. Existem os tipos inguinal, femoral e umbilical. Esse mal é muito comum, podendo atingir qualquer idade, porém é mais frequente em homens que em mulheres.
Pegar peso excessivo constantemente, constipação crônica, dificuldade para urinar ou gestação podem favorecer a aparição de uma hérnia, pois geram maior pressão abdominal. O aumento de peso, algumas doenças pulmonares ou de próstata também estão entre os fatores de risco da hérnia.
A hérnia inguinal se manifesta por meio de uma íngua e pode acometer apenas um lado ou os dois. Essa massa pode ser reduzida com os dois dedos, apertando-a de forma vigorosa. Geralmente indolor, a hérnia inguinal começa a doer quando são feitos alguns movimentos, como em casos de tosse.
Entre as possíveis complicações de uma hérnia inguinal estão rompimento de vasos sanguíneos, que pode causar inflamação da cavidade abdominal. Em casos graves, ocorre necrose dos tecidos que a envolvem. Obstrução das fezes ou da saída de gases, dores ou pontadas no abdômen e vômitos também pode indicar ruptura do trânsito intestinal. Nesse caso, apenas uma cirurgia é capaz de resolver o problema.
Uma simples contenção pode manter a hérnia em seu lugar ou, em casos em que a hérnia fica muito volumosa ou se o risco de estourar for grande, é necessário reposicioná-la no abdômen para, então, reparar a parede abdominal.
O objetivo dessa cirurgia é recolocar o conteúdo da hérnia na cavidade abdominal e reforçar as paredes. Esse procedimento tem duração máxima de 30 minutos, é feito geralmente sob anestesia geral e podem ser empregadas duas técnicas de cirurgia: laparoscopia e laparotomia, que se diferenciam fundamentalmente pelo tamanho da incisão realizada no abdômen.
A laparoscopia é feita por meio de pequenas incisões na parede abdominal com a ajuda de uma microcâmera, que permite explorar o abdômen com poucas cicatrizes e efeitos colaterais. Esse é o primeiro método utilizado em casos de hérnia, pois permite reabilitação muito rápida. A laparoscopia não deixa cicatrizes e pode ser feita em um ambulatório. As complicações desse tipo de cirurgia são raras, porém podem surgir hematomas e lesões na veia ilíaca, exigindo a pausa na cirurgia para sua reparação.
No caso de hérnias grandes ou que podem supurar, é adotado um procedimento chamado laparotomia, que faz uma incisão maior no abdômen. Esse procedimento reduz e recoloca a hérnia e, depois, obstrui o orifício pelo qual ela se expandiu com a colocação de uma tela que reforça a parede inguinal. Essa cirurgia pode causar dores permanentes fortes, bem como sensações de rigidez e deve-se, pelo menos um mês após a cirurgia, evitar atividades físicas e esforços em geral. Mesmo com essa técnica, a taxa de retorno de uma hérnia inguinal após a cirurgia ainda é elevada.
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